A historinha “O medo do cacique”, do Papa Capim, pode ser usada, primeiramente, para levantar questões sobre reinos, filos, classes, ordens, gêneros e espécies. Deve-se falar que todos os seres vivos que aparecem na historinha, inclusive o homem, são parte do reino Metazoa. Desses, exceto o pernilongo, são parte também do filo dos Cordados. A partir disso, cada um deve ser explorado separadamente do outro, pois são de classes, ordens gêneros e espécies distintas.
Como o primeiro animal a aparecer é a cobra, pode-se introduzir a classe Reptilia e algumas ordens dentro da mesma, como a Crocodilia (que são a dos crocodilos e jacarés, que inclusive aparece no final), a ordem Squamata (que inclui lagartixas, serpentes, lagartos), e a ordem Testudinata (cujos representantes são tartarugas, cágados, jabutis). Deve ser reforçado que, assim como o cacique diz na historinha, o jacaré não é uma “lagartixa”. Eles somente são integrantes da mesma classe. Pode-se também citar algumas espécies de serpentes, para que o aluno se familiarize com tal conceito.
Quando o cacique chama a cobra de “minhoca crescida”, há uma abertura para explorar o filo Annelida, explorando as classes presentes no mesmo (Poliqueta, Oligoqueta e Hirudínea), frisando que as serpentes não são minhocas crescidas, mas sim animais pertencentes a filos diferentes. Com a aparição da onça-pintada, pode-se explorar a classe Mammalia, acrescentando que aquilo que o cacique disse sobre a onça ser “apenas um gatinho” não é verdade, pois ambos são parte da mesma família, a dos Felinos, mas não da mesma espécie.
Por fim, aparece o pernilongo. Nesse caso, é necessário introduzir o filo dos Artrópodes e a classe Hexapoda, bem como as outras classes presentes no mesmo filo (Aracnídeos, Crustácea, Diplópodes e Quilópodes), citando representantes das mesmas.
A historinha também pode ser usada para explorar doenças parasitárias, como a malária. Nesse caso, deve-se falar das doenças existentes, dos sintomas de cada uma, formas de tratamento, quais as medidas profiláticas para evitar a contaminação, o agente transmissor e seu ciclo de vida, bem como hospedeiros intermediários e definitivos, o tipo de parasita causador (protozoário, bactéria, vírus).
No caso da malária, falar que o mosquito Anopheles, que transmite o protozoário causador da doença, gosta de água parada para botar os ovos. Dos ovos saem larvas, que sofrem metamorfose, viram ninfas e, das ninfas, saem os mosquitos. Discutir os sintomas, que são febre e calafrios, explicando o porquê dos mesmos, que é o rompimento das hemáceas causado pelo parasita.
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